sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mediação por Bob Tessier

Por mais "americanizado" que possa parecer o discurso de Bob Tessier e o formato do programa de Charles Parselle (apesar de Charles ser britânico), a discussão nos fornece informações importantes sobre o conceito de Mediação de acordo com a doutrina norte-americana chamada de Alternative Dispute Resolution (ADR).



Tessier apresenta a mediação como processo voluntário e alternativo ao Judiciário de Los Angeles, que em comparação com a resolução alternativa de conflitos, é muito mais caro e moroso. Este procedimento alternativo caracteriza-se pela utilização de um agente neutro, o mediador, que conduzirá o diálogo entre as partes para que as mesmas possam chegar a um acordo, se possível, pondo fim à lide, ou seja, à pretensão resistida, conforme conceito carneluttiano.

Charles Parselle expõe, em contrapartida, que o mediador pode atuar com diferentes posturas, sendo apenas um facilitador do diálogo (facilitative style), ou mesmo com uma condução mais severa (authoritative style), utilizando de conhecimentos em psicologia para guiar e filtrar o diálogo em prol da resolução do conflito. O mediador deve adotar a postura correta de acordo com o compatibilidade do caso concreto.

Bob Tessier reforça a questão da mediação ser um procedimento sigiloso, o que não expõe às partes ao desgaste de se recorrer ao Judiciário, que é um processo por excelência público.

Parselle enfatiza o dever do mediador, no estágio inicial, de acolher as partes em conflito de forma correta, diminuindo as tensões pessoais e deixando as partes à vontade, ouvindo-as de forma intensa (mindfulness listening, conforme conceito de Leonard Riskin).

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